terça-feira, 15 de novembro de 2011

Definitivamente, não

Definitivamente
Não sei aqui a quem endereçar

Eu gosto é do embaraço do encontro
Do desconforto corpo a corpo
De mãos encabuladas 
ou confusas

Gosto é de um sintoma anunciado
De um riso atropelado
De uma timidez que é sedução

Sou mais dada ao desencontro falado
uma espera ansiosa
De quem não sabe se virá

Deixo para cá pequenas histórias não vividas
que a voz sufoca
E faz da pele peso mudo

O que vi e não olhei
Vira sonho
O que jurei e não cumpri
Faço disso samba.

2 comentários:

deAmores eFlores disse...

Fantástico.
Eu que sou das que tem mania de descrição preciso dizer que este me fez derreter por dentro até me arrancar um sorriso no último verso.
Eu gosto quando a arte dos outros emociona a gente!

Juliana disse...

lindona!!
que delícia ter comentários de uma flor por aqui!

beijo!